quinta-feira, 11 de abril de 2013


O PODER DA COMUNICAÇÃO ATRAVÉS DA LINGUAGEM

*por Suamy Lacerda

                “As palavras possuem um espírito”. Se observarmos que nas relações interpessoais, por meio das palavras podemos trazer valorização aos outros se as mesmas forem benditas e, se ao contrário se forem malditas geralmente alguém pode sair magoado ou até a partir daí existir uma espécie de litigio. Contudo o que mais ocorre é o mau uso das palavras em forma de agressões, rótulos, adjetivos pejorativos e que tem levado até o extremo da prática do bullying.

                Quando nos expressamos, as palavras são muito poderosas, tem a força de criar ou cessar os ânimos, conquistar ou destruir sonhos, cativar ou afastar pessoas, incitar sentimentos ou abrir feridas que duram as vezes por toda a vida. Tudo depende da forma como está o nosso humor, nosso dia, nossa vida enfim. A filosofia ensina que precisamos ter cuidado com a força das palavras.

                Conforme o Professor Evaldo Costa, “É através do uso habilidoso das palavras que, por exemplo, o líder conquista seguidores, obtém resultados positivos da equipe, aumenta a produtividade da empresa, a moral dos liderados, a eficácia dos projetos e o sucesso organizacional. Os líderes admirados são aqueles que sabem que as palavras criam a nossa realidade, por isso dão o seu melhor para proporcionar momentos memoráveis.”

                Precisamos ter cuidado com a força da expressão, porque ela pode em alguns casos ao se projetar ser entendida como venenosa ou até virulenta e, a partir daí ocorrer o denuncismo e, o “linguarudo” até chegar a enfrentar um processo judicial.

                Segundo o Rei Salomão, em seus escritos postados no Livro de Provérbios, capítulo 15, versículo 1, A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira, fica claro que se na comunicação usarmos palavras ásperas, ofendemos quem nos ouve, se ao contrário usarmos palavras brandas, suavizamos o confronto. No conjunto podemos angariar na primeira situação simpatia e, na segunda antipatia.

                Se nos basearmos no pensamento de Platão que considerava, “Pessoas normais falam sobre coisas, pessoas inteligentes falam sobre ideias, pessoas mesquinhas falam sobre pessoas” e, “O sábio fala porque tem alguma coisa a dizer; o tolo porque tem que dizer alguma coisa.", nessa condição, ao bebermos um pouco na taça da inteligência do filosofo, temos todos os motivos para pensar antes de proferir julgamentos ou pensamentos oriundos de entendimentos esdrúxulos ou ideias não sensíveis. Platão também via o ser humano como um ser social e portanto político, a partir daí conclui-se que temos que nos preocupar com a forma como nos comunicamos em nossos grupos de convívio social e político, na igreja, na escola, na família, na rua, nos espaços de lazer etc., lógico tendo cuidado com os ouvidos dos outros, até porque a máxima popular imperativa no “espírito das palavras é viva” ao afirmar, “quem diz o que quer, escuta o que não quer”.

Ao mais todos queremos ser vistos como seres sociais, racionais no convívio e felizes em nossa estadia enquanto seres vivos, mas, para isso temos que ter muito cuidado em como nos expressamos com as pessoas que estão em nossa volta, porque se as palavras possuem espírito e estamos sempre nos expressando, podemos ser admirados ou execrados por quem nos ouve.

*Suamy Lacerda é Professor de História.